❅ 14º Capítulo

Alan acompanhou-me até minha casa, como estávamos a pé, ele decidiu que me deixaria em casa e seguiria depois para a sua. Caminhamos em silêncio, apreciando a noite, o céu e as estrelas, eu queria tocar no assunto mas não sabia como, ele devia estar odiando Julio, e eu também estava! Como ele ousou nos tratar daquela forma tão grosseira, sendo que não fizemos nada! Eu não conseguia compreender porque Julio se portava dessa maneira tão infantil e tola... 
Chegando em casa, paramos frente a porta e eu, olhando-o sem jeito, falei - Desculpe por tudo.... Não sei o que houve direito, estou atordoada... Era pra ter sido uma noite feliz e divertida, mas ele conseguiu estragar tudo...
-Não, de forma alguma - sorriu ele, tocando meu rosto com os dedos - A noite foi maravilhosa! Nós dois nos divertimos juntos, e sua amiga é muito simpática! Nós dois nos divertimos e é isso que importa, Marina. Eu não sei o que se passou pela cabeça daquele cara, mas não me abalou. Se você deixar de lado as coisas que não merecem a sua preocupação, elas irão desaparecer com o tempo, o tempo sempre se encarrega de afastar as coisas que tentam nos atrapalhar, mas pra isso você precisa ignorá-las.
Aquela palavras foram profundas e me fizeram sentir muito bem. Abracei-o com carinho e em seguida nos beijamos, um beijo quente e aconchegante, sentindo pequenas partículas de neve a tocar nossos rostos - Obrigada Alan, de verdade, obrigada por tudo! Você tem se tornado uma pessoa incrivelmente especial pra mim, obrigada por fazer parte da minha vida.
Ele sorriu, e me abraçou mais uma vez dizendo ao meu ouvido - Enquanto você permitir, estarei do seu lado, sempre - em seguida, deu-me um beijo de despedida e fiquei admirando-o enquanto desaparecia na neve.

Logo vi o carro de Julio chegando, ele deve ter deixado Paula em sua casa e estava voltando agora, eu não consegui me conter, fervi de raiva e fui falar com ele. Assim que desceu do carro, me encontrou bufando - Você é um idiota, sabia?!
Ele me encarou - Olha aqui Marina, eu não tô com paciência pra te aturar agora então dá licença...
-Não! Você vai ouvir sim o que eu tenho a dizer!!! Aturei sua cara feia a noite toda e ainda tive que engolir aqueles insultos! Você é um idiota! No dia que me deu carona eu pensei por um instante que você poderia ser uma pessoa bacana, pensei sim que talvez pudéssemos construir uma amizade interessante, mas eu estava errada! Você não passa de um pobre garoto infantil e abandonado! Sozinho porque ninguém te aguenta!!! Eu nem acredito que uma pessoa tão legal como a Paula foi conseguir ficar logo com você! Você se acha o bom quando ofende as pessoas não é? Se sente superior ao ofender e criticar, julgar sem conhecer!!! Pois fique sabendo que você é tão inferior quanto o cocô da minha gata!!! Nunca mais se atreva a ofender Alan na minha presença ou eu não reponderei por mim! Eu te odeio e nunca mais quero vê-lo!!! - dei as costas e voltei para casa.
Ele ficou nervoso, minhas palavras o feriram profundamente, ele não sabia o que fazer, estava se sentindo mal, começando a acreditar que tudo o que havia feito aquela noite tinha sido ruim e começou a pensar que realmente era uma pessoa ruim, mas ao mesmo tempo não suportava minhas palavras de reprovação e no quanto eu me diverti com Alan. Sem saber o que fazer, correu atrás de mim e antes que eu entrasse em casa, me puxou pelo braço e me beijou.
Foi uma surpresa maluca para mim, sentir que ele estava tomando iniciativa e fazendo algo que nunca pensei que faria! Fiquei perdida sem saber em como reagir, então o empurrei e passei a mão na boca como se quisesse limpar aquele beijo e tirá-lo de mim - O que pensa que esta fazendo??? - berrei confusa.
Ele não soube explicar, não sabia ao certo o que sentia e estava se sentindo uma criança perdida e confusa! Totalmente confuso, saiu correndo e entrou para dentro de sua casa sem dizer nada, com uma cara de maluco.
Aquilo me deixou ainda mais perturbada, o que ele tinha na cabeça para me agarrar daquela forma??? Entrei em casa e me joguei na minha poltrona, perdida em meus pensamentos... "Porque ele havia me beijado?" eu não conseguia parar de tentar compreender... Por um milésimo de segundo, tinha até gostado, algo meio inconsciente, mas estava com muita raiva dele e não conseguia refletir sobre tudo.... - Ok, chega! Desse jeito minha cabeça vai explodir!!!! Vou dormir e amanhã, quando estiver mais calma, tentarei pensar e entender tudo...

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Bom gente, é isso!!!! O primeiro capítulo sem imagens!
Ele foi curto, pois eu tenho pouco tempo e também estou me 'inteirando' do que se passa na história novamente rs. Fiquei tanto tempo sem escrever que até fiquei meio perdida rs.
Mas espero que gostem! Sempre que eu conseguir, virei postar mais, até a história acabar!!!

Beijinhos! Jeh♥

Últimas notícias!!!

É galerinha, meus queridos leitores, as coisas por aqui se acabaram de vez kkkkk'

A história vai ficar suspensa por um tempo, mas eu tenho uma boa explicação pra isso....
Bem, eu (muito burra) estava usando o meu notebook enquanto começava a chover, de repente caiu um raio aqui perto de casa e estourou fios e prejudicou muita gente, inclusive eu....

O raio fez queimar o carregador do notebook, o modem de internet e o monitor do computador da minha mãe, ou seja, o the sims e a história que ficavam no notebook já eram até conseguir achar um novo carregador pra manter o note ligado....

O jogo ainda não ta funcionando,  e agora me vem essa outra bomba!!!!
Estou no computador da casa dos meus avós, e aqui não há como colocar the sims, pois o pc é muito cheio de coisas e o jogo não roda....

Então, resumindo, vamos ficar sem a história por tempo indeterminado, a não ser que vocês concordem que eu continue escrevendo Memórias de Inverno só que sem as fotos do the sims... (mas pode demorar, pois vou pouco na casa dos meus avós)

Outra notícia que eu tenho, é que quando (e se eu conseguir) finalizar Memórias de Inverno, irei começar a escrever histórias, só que sem fotos do the sims, como ele tem me causado muito problema e me tomou tempo demais, eu decidi que vou continuar escrevendo histórias, mas sem imagens.

Bem, é isso, peço mil desculpas a todos, até parece que eu estou enrolando para não continuar a história, mas realmente as tragédias tem me perseguido ultimamente rs.
Obrigada pela compreensão de todos, e espero do fundo do coração que me perdoem ^^)

Um grande abraço, Jeh♥


(*PS: peço desculpas também por ter me afastado e não estar comentando as atualizações de vocês, meus amigos, mas também agora com essa falta de net vai ficar ainda mais difícil de eu aparecer nos blogs de vocês. Me desculpem ta *-*)

❅ 13º Capítulo


Ele fez um não com a cabeça, mas no fundo sentia raiva. Porque Paula não avisou que ela iria junto? Uma noite romântica agora tornaria-se um incômodo com a minha presença e ele com certeza pensara que eu o perturbaria. Todos entramos em seu carro e seguimos para o clube.
Chegando lá, olhamos a estrutura do lugar, era um prédio grande e largo, muito diferente dos prédios comuns de nossa cidade. Lá fomos nós, cumprimentamos algumas pessoas na entrada, depois seguimos para o elevador e saímos no andar do clube - Nossa que lindo! - exclamei, nunca tendo visto antes um estilo decorativo como aquele.
-Sim é bem moderno!!! - disse Paula.
-Vamos entrar então? - perguntei.
-O recepcionista deveria estar aqui para pegar as entradas, mas não o vejo.... Vamos entrar! - sorriu. Se o recepcionista não aparecesse, ao menos teriam quatro entradas para uma próxima noite. Todos seguiram para dentro do clube, e repararam que o lugar estava meio.... caído.
-Nossa, onde estão todos? Pensei que estaria lotado de gente aqui - falou Paula.
-Bom, eu ouço música, vamos dançar? - disse Alan convidando-me.

-Eu não estou afim de dançar! - resmungou Julio.
-Então você fica ai porque eu também vou! - falou Paula, e seguiu atrás de Alan e eu - Ei esperem por mim!!! - gritou Julio indo logo a seguir, contrariado.
Entramos numa sala onde haviam muitos instrumentos musicais, e ninguém além de um pianista pra lá de desanimado.
-Er... Bem.... - murmurou Paula sem saber o que dizer.
-Eu pensei que isso aqui ia ser mais agitado - sussurrou Alan para mim.
-Pois eu também - ri.
Paula suspirou desanimada - Mas que clube mais chato!!!
Julio deu de ombros não se importando....
-Já sei! Alan, vamos jogar? - falei andando até uma mesa.
Ele topou e seguiu atrás de mim.
-Eu não estou nem um pouco afim de jogar, sou péssima! Vou ficar só assistindo, já que é a única coisa que tem de interessante pra ver por aqui - disse Paula - Ainda bem que não paguei as entradas, esse lugar não presta!
Começamos a jogar Alan e eu, estávamos rindo e nos divertindo muito apesar do ambiente chato, Paula também ria as vezes quando eu errava e fazia caretas, mas Julio estava muito estranho.
-Você não vai se sentar não? - disse Paula para Julio, de pé ao seu lado.
ele parecia estar distante, estava me olhando e tentando entender quem era aquela garota sorridente e divertida que estava ali. Tinha a mesma aparência que eu mas não era eu, pensava ele.
-Julio?! Estou falando com você! Qual seu problema hoje?
Ele voltou a si - Nada amor, nada. Acho que me desliguei por um momento - sentou-se.
Mesmo ao lado dela, seus olhos não descolavam de mim. Ele tentava entender porque eu sempre agi rude e grosseiramente com ele, e agora estava doce e meiga perto dos outros. Pensava que era pura faxada e que eu estava fingindo ser legal. Mas com que propósito? Paula gostava de mim como eu era e me conhecia, se eu estivesse sendo falsa ela saberia, Julio não conseguia entender....
-Agora você vai perder feio!!! - falei me preparando para jogar.
-Quero ver! Você errou três seguidas, não tem como me vencer! - disse ele, rindo.
-Então fica vendo!!! - me preparei, me posicionei e joguei a peça - Uhuulll!!! Ganhei!!! - gritei fazendo festa.
Ele correu e nos abraçamos gostosamente, mesmo tendo perdido ele comemorou comigo, e nosso abraço deixou Julio ainda pior...
"Que sensação estranha é essa que sinto cada vez que a vejo.... Mas que droga Julio, se recomponha!" - pensava ele observando a nossa farra.
-Você pode ter ganho essa mas agora sou eu! - disse Alan.
Eu ri, e continuamos a jogar. As horas foram passando e ninguém parecia entrar no clube, definitivamente aquele lugar era um horror... Sorte a nossa que tinha uma mesa de jogos e que eramos bem humorados ou acho que já teríamos xingado o dono do clube e tudo mais.
-O que esta acontecendo com você hoje em Julio? Esta muito estranho! - disse Paula.
-Eu estou normal, não tem nada de estranho - respondeu ele.
-Tem sim! O dia todo você esteve diferente, esta acontecendo alguma coisa?
Nem ele sabia dizer o que tinha, nunca tinha sentido algo assim, essa sensação esquisita no estômago como dor de barriga misturada com nervosismo - Eu estou bem amor, acho que estou com dor de barriga, só isso.
-Tem certeza? Você não se alimentou bem hoje, deve ser isso.
-É deve ser - fingiu - Talvez devêssemos ir embora. O que você acha? Os dois ali estão se divertindo juntos, nem precisam da gente aqui. Vamos embora?
-Ir embora? Mas Julio seria uma desfeita terrível! Eu os convidei para sair, não posso deixar meus convidados e ir embora assim. Porque você não vai ali no bar e pede uma água, talvez ajude.
-Então nem deveria tê-los convidado! - rosnou ele.
Ela o encarou com um olhar fuzilante, e ele deu de ombros demonstrando que não estava feliz com a nossa presença ali. Alan ao perceber isso, chamou-nos até os dois e disse que estava ficando tarde, e que era melhor irmos pra casa. Eu percebi o que estava acontecendo e concordei.

-Sério? Vocês já vão? - perguntou Paula, desanimada.
-É, acho que esta na hora, estou muito cansado e meu pobre corpo necessita de uma cama - respondeu Alan.
-É verdade querida, acho que esta tarde, também quero descansar - falei.
Ela suspirou desgostosa pela péssima noite naquele clube horroroso - Tudo bem, então vamos - saímos daquele lugar e entramos no elevador, descemos e seguimos até o carro.

-Vamos, a gente leva você até sua casa Alan - sugeriu Paula.
-Como é? Eu não vou dar carona pra esse sujeitinho! - rosnou Julio.
Ela o fuzilou novamente e ele emburrou, eu me controlei para não dizer nada e fiquei apavorada só de pensar no que Alan pensaria. Ele riu - Não esquentem comigo, eu posso ir andando! Andar faz bem pra saúde e minhas lesões não vão me impedir de caminhar.
"Lesões"? - pensei comigo, do que será que ele se referia? Paula indignou-se - Nem pensar! Viemos todos juntos e voltamos todos juntos! Julio, faça-me o favor!

-Qual é em Paula? - disse ele - Você me chama pra sair, eu fico pensando que iria ser uma noite incrível com você e de repente aparecem esses dois! Por que você foi convidar esse mané e essa insuportável? Tudo estaria ótimo se eles não tivessem vindo!
Eu não consegui mais me controlar - Insuportável? - berrei olhando-o mortalmente - Olha só quem esta falando! O único resmungão da turma! Será que você não se enxerga garoto? Só você reclamou e ficou de bico a noite toda, só você não quis participar de nada com a gente e só você esta implicando com tudo! Quem aqui é o insuportável???

-Cala a sua boca sua metidinha mimada! Esta pensando o que? Só porque trabalha pra Paula, pensa que pode ficar saindo com a gente? Não é assim que funciona não!!!!
-Ah é? Então me explica como é que 'funciona' porque eu estou confusa! Paula e eu somos amigas com certeza muito tempo antes de ela te conhecer e eu posso sair com a minha amiga sempre que nós quisermos! E sinceramente não sei como ou o que você fez para encantá-la porque você é a pior pessoa que existe na face da Terra!!! - respirei fundo e olhei para Paula - desculpe Paula, eu jurei que não iria dar ouvidos ao seu noivo, mas não pude me conter, peço desculpas, obrigada pela noite, apesar de tudo, ela foi muito legal - olhei para Alan - vamos então?

Saímos caminhando depois de ele se despedir de Paula, enquanto Julio ficou-me olhando com um ar de decepção e raiva - Isso, vão embora mesmo!!! - no fundo seu peito doía, porque havia me tratado daquela foram tão grosseira, e Alan que nada lhe fez? Ele se sentia confuso e a confusão o fazia ficar irritadiço, não sabia ao certo o que estava sentindo, mas ao me ver dar as costas à ele, sentiu-se triste como se estivesse perdendo alguém querido, e isso o confundia ainda mais. Paula notando seu olhar e sua expressão, falou - Julio... eu não acredito que você os tratou daquela forma... eu não o reconheço mais....  onde esta o rapaz doce e amável que encantou meu coração...

Ele não respondeu nada. Ela o ficou olhando esperando uma resposta mas o silêncio foi sincero. Nem ele sabia porque agia daquela maneira. Estava de fato confuso, seu coração por um momento sentiu ciúmes de mim, e isso o afetou muito. Como poderia estar com ciúmes da garota mais chata do mundo? Isso não fazia sentido pra ele. Os dois seguiram para o carro e voltaram para casa em silêncio... Nenhum deles sabia o que iria acontecer agora....
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É meus queridos! Finalmente consegui postar mais um capítulo!!! Mas ainda não consegui resolver o problema do meu jogo... eu li os comentários da postagem anterior e tentei formatar o jogo, mas nada adiantou. Vou ver o que posso fazer e se tudo der certo, voltarei a postar, mas somente em último caso, terei que finalizar Memórias de Inverno por aqui mesmo, e eu não quero T-T)

Um grande beijo!!! Espero que compreendam *-*)~~ Jeh♥

Péssimas notícias!


É galerinha, tem jeito não....
Meu jogo resolveu fazer greve e não ta querendo abrir pra mim!!!
Eu já tenho as fotos do capítulo seguinte, mas os próximos irão demorar um pouco a sair! 
Até eu resolver o que há de errado desta vez rs.

Então, talvez amanhã eu poste o próximo capítulo, e peço desculpas por demorar tanto!!!

Beijos! Jeh♥

Mais notícias!

Ter amigos como vocês... é realmente uma benção!

Eu agradeço todo o apoio, de verdade! Quando li os comentários de vocês na postagem anterior, cheguei a chorar emocionada. Preferi responder aqui para todos, do que responder comentário por comentário, se é que me entendem hehehe. Vocês me são muito queridos e suas palavras me foram de grande valia. Me ajudaram muito, e hoje me sinto bem melhor, sabendo que tenho tantos pilares para me apoiar e me reerguer.

Trago algumas notícias, que espero que gostem ^^)

A primeiro é que vou terminar Memórias de Inverno com toda certeza, e talvez o próximo capítulo ainda saia hoje.

A segunda é que de fato eu estive em busca de algo a mais, estou precisando de dinheiro, buscando emprego e tentando mudar de vida, e uma das alternativas que encontrei foi uma maneira de ganhar dinheiro com minhas histórias.
É mais ou menos assim que funciona, irei ter que criar outro site, (mas não deletarei este) e neste novo site, minhas histórias não seriam lidas publicamente, teriam acesso somente por contas criadas no site, seria como se vocês comprassem um livro (ou cada capítulo dependendo de como vou poder publicar) para baixar, igual quando alguém compra uma expansão do the sims pela Origin ^^)
Porém, acredito que não irei poder postar mais fotos do the sims nas próximas histórias, porque como irei "vender" as minhas histórias e tudo seria de minha autoria, entraria em conflito com os direitos autorais do jogo. Portanto, se tudo der certo e eu realmente conseguir criar este novo site, acredito que meus leitores diminuirão pelo fato de terem que gastar dinheiro para ler o que escrevo. Porém é uma grande forma de me ajudarem a progredir, e proporcionar histórias incríveis que vocês tanto gostam! E acredito que vocês até podem receber a história imprimida e encapada em suas casas. (mas preciso me inteirar das possibilidades e recursos do site) então não é certeza de nada ainda! ^^)

Então quando eu disse que Memórias de Inverno seria minha última história, eu me referi a ser a última em the sims, mas não vou parar de escrever, jamais!

Então é isso pessoal. Espero que compreendam, e agradeço a todos que sempre me acompanharam e ainda acompanham e pensam em acompanhar futuramente. Os que não poderão pagar para ler, eu agradeço ainda assim a força e o apoio, de coração mesmo!

Mas caso não dê certo essa história de escrever no outro site, verei se continuo aqui ou se encontro uma outra forma.

Um imenso abraço gratificante a todos vocês! Obrigada!!! Jeh♥

Comunicado Importante:


Olá meus queridos leitores.
Vim para dar algumas breves palavras, tristes porém necessárias...
Devido a uns acontecimentos em minha vida no decorrer destes dias, acabei por me abalar muito....
Preciso de um tempo para encaixar as ideias no lugar e recapturar meu espírito de escritora, que foi comido pelo desânimo que me atingiu.

Peço desculpas a todos, mas acredito que como dona do blog, devo satisfações à vocês que estão sempre me acompanhando e me dando força.

Não sei quanto tempo vou tirar de "férias" do blog, pode ser dias, meses, não sei.
Só peço que me desculpem, e que me perdoem por deixar a história incompleta por enquanto. Mas prometo voltar para finalizá-la.

Outro ponto crucial, é que Memórias de Inverno talvez seja minha última história...
Tenho passado por constantes situações de prova em minha vida, e preciso rever certos pontos que antes pensava serem úteis e agora já eu nada sei.

Agradeço carinho e o apoio de todos os meus queridos amigos e companheiros internautas, e desejo-lhes sorte e sucesso em suas histórias e suas leituras.

Obrigada pela atenção meus amigos. Jeh♥

❅ 12º Capítulo

Acordei de manhã, me sentia totalmente diferente, sentia-me mais disposta, mais viva! Meu cabelo estava bagunçado mas eu nem me importei... Olhei no relógio de parede, eram nove da manhã. Pensei comigo "ainda bem que hoje é sábado ou eu estaria atrasada para o trabalho..."
Percebi que Alan não estava na cama, então vesti minha blusa e calça, e fui atrás dele.
Cheguei na porta, ele estava fazendo alguma coisa no fogão, o cheiro era bom e eu fiquei admirando-o encostada no batente, até Boris me denunciar, latindo para mim e vindo em minha direção pedir cafuné - Bom dia moça bonita! - disse ele virando-se para mim - eu não quis acordá-la, você estava dormindo tão gostosamente. Venha, sente-se, já esta quase pronto!
-Esta tudo bem, hoje é fim de semana, eu não tinha nenhum compromisso agora de manhã - sorri - Huumm! Mas que cheirinho bom é esse? O que você esta fazendo?
-Haha! É a especialidade da casa! Você já vai ver!
-Então além de um bom soldado você é bom cozinheiro? Estou boba! - ri - Também estou faminta! Acho que gastei toda a minha energia ontem, preciso comer! - Ele olhou para mim, e eu percebi então o que havia dito, corei.... Só então havia me recordado do que tinha feito, como se a ficha só caísse agora.
Ele então terminou de preparar a comida e me serviu - Tcharam! A especialidade da casa é..... Rabanada! Espero que vossa majestade aprecie! - sorriu.
-Sério? Nossa! Minha mãe fazia rabanada pra mim quando eu era criança.... A tanto não como um prato destes.... - senti uma saudade da minha mãe... Ele percebendo minha carinha disse tentando ser engraçado - Não moça! O prato não é de comer, só o que esta dentro dele!
-Hahaha engraçadinho! - ele sabia me fazer sorrir. E isso me deixava feliz. Saber que tinha agora um amigo que me alegrasse sempre que precisasse.
Ele sentou-se e eu disse me preparando - Vamos ver se eu aprovo...
Alan ficou me olhando, eu mandei um pedaço grande na boca, mastiguei, degustei, e fiz uma careta.
-Não gostou???
-Não.... - falei. Ele fez um ar surpreso e um tanto decepcionado, então eu conclui - Eu amei!!!! - então ri da cara dele - Já da pra casar.
-Aaaaah sua sem graça! Quase me mata do coração! Pensei até que tinha errado na mão! - riu dele mesmo - Você acha mesmo que já da pra casar? Bom saber disso... - riu.
Corei novamente e mudei de assunto - Olha, tenho um convite pra você, minha chefe me convidou para conhecer um clube que abriu a pouco na cidade, e ela quer que eu vá e que leve você como minha companhia.
-Ual! Estou ficando importante! - sorriu - Sua chefe me querendo como seu acompanhante, que honra! Claro que eu aceito! Quando?
-Hoje - fiz uma cara contrariada e ele notou - O que foi? Você não parece afim de ir....
-E não estou mesmo... Sabe, tem um cara... - ele me interrompeu - Um cara? Seu namorado? Marido? amante? Vocês se gostam? Eu tenho um rival?
-Não! Credo! - exclamei.
-Ufa! Pode continuar agora, estou mais aliviado - brincou.
Eu balancei a cabeça sorrindo e continuei - Esse cara é meu vizinho, e noivo da minha chefe. O problema é que ele é um chato, insuportável, irritante e estúpido! Eu detesto ter que ficar na presença dele, mas tenho que ir por ela, é uma grande amiga e eu preso muito nossa amizade. Você me compreende?
-Claro. Acho que todo mundo já teve alguém assim na vida. O jeito é não dar bola, fingir que a pessoa não existe, simplesmente ignorá-lo. Você acha que consegue fazer isso e deixar a noite agradável?
Pensei um pouco - Acho que sim. Pela Paula, e por você também. Somos adultos, devemos nos comportar civilizadamente. Certo?
Ele sorriu - Correto, moça. Agora vamos terminar essa rabanada, ela já esta esfriando - Assim que terminamos, eu insisti em ajudar a lavar a louça, e ele vendo que não tinha chance de me contrariar, foi guardar o que sobrou da rabanada na geladeira.
-Sabia que você é linda? - disse ele, aproximando-se.
-Na verdade eu sempre tive essa dúvida, mas agradeço por esclarecê-la para mim - brinquei.
Ele sorriu - Mas agora é sério. Eu nunca tive uma noite tão incrível quanto ontem. Agradeço pela sua companhia, agradeço pelas suas carícias e sua bondade em me aturar, você Marina, é uma mulher incrível. - acariciou-me o rosto até os ombros.
Senti minhas bochechas queimarem, olhei envergonhada para o lado sem saber o que dizer e ele continuou - Não precisa ter vergonha perto de mim, mas confesso que amo quando você fica assim toda coradinha! - sorriu.
-Seu bobo.... - sem deixá-lo dizer mais nada, beijei seus lábios com vontade e ele correspondeu me envolvendo num delicioso e confortante abraço.
Depois, passamos a tarde agradável juntos, conversando sobre tudo que se podia imaginar, desejos, sonhos, momentos, lembranças, fases da vida.... Tudo. Alan era uma companhia mais que agradável, era um parceiro pra vida toda. Mas as vezes pensava que poderia estar indo rápido demais... Não sei, acho que era falta de confiança em mim, antes de qualquer coisa. Combinamos de nos encontrarmos em casa as sete da noite, e então fui embora para tomar um bom banho e me arrumar adequadamente.
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-E então, ela estava lá? - perguntou Julio para Paula, depois que ela voltou e retirou sua roupa, sentando-se na cama junto com ele. Ela tinha ido em casa me chamar mas eu não estava.
-Não.... Que estranho.... Mas acho que isso é um ótimo sinal! - disse ela, pensando que talvez eu tivesse tido uma noite e tanto com Alan, que de fato tive... hehe.
-Como assim? - perguntou curioso.
-Não, nada importante. Mas vamos falar de nós - disse ela encolhendo-se em seus braços - Temos que resolver as coisas do nosso casamento, amor. São tantas coisas! Não podemos ficar adiando!
-Mas qual é o problema em adiar um pouco? Esta com tanta pressa assim de se casar?
-E você parece que não tem pressa alguma... As vezes penso que nem quer mais se casar comigo - disse ela em tom tristonho.
-Pare de dizer bobagens, eu amo você e você sabe disso! Eu só estou pedindo tempo para me reorganizar, com tudo o que aconteceu na minha vida, essa reviravolta, estou me sentindo frustrado.... Não quero que pense que tem a ver com você, é comigo.
-Mas o que pode estar te deixando assim? Que eu saiba você nunca gostou do seu pai! A morte dele não deve ter te afetado tanto assim.... Sua tia te ajuda e muito com as despesas, não é nenhum problema. Então o que é?
Ele a olhou sério - Paula! Esse é o problema! As vezes eu me sinto um inútil, covarde vagabundo e preguiçoso! As vezes penso que você não seria feliz comigo assim. Eu estou tentando mudar mas essas coisas levam tempo! Eu quero ter o meu próprio dinheiro, quero bancar as minhas próprias contas!
-Eu não entendo você! - disse ela - Te dei um emprego! Você já tem como pagas suas próprias contas! Mas parece que você não leva nada a sério porque faltou ontem e não quis nem se justificar! Antes de tudo, sou sua noiva e lá eu sou sua chefe, e você me deve satisfações sobre seus atrasos e faltas! Se pensa que vou passar a mão na sua cabeça e lhe pagar sem estar fazendo por onde merecer, esta enganado, entendeu?
-Aaah! Não dá pra conversar com você! As vezes você é tão insuportável quanto Marina! As duas se combinam! Fala sério! - se irritou e saiu do quarto se trancando no banheiro... Paula não entendia o porque de ele estar agindo assim, os dois estavam juntos ia fazer quase quatro anos, e ele nunca foi assim, mas agora estava diferente, mudado, mais confuso e perdido, não dava para entender mesmo!
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A hora da festa havia chegado, e eu estava pronta! Nunca tinha me vestido para tal evento, mas por sorte, haviam algumas roupas que ganhei de Dona Eulália quando sua sobrinha mudou-se para o Japão e as roupas ficaram inutilizadas - ainda bem que serviram! Acho que fiquei muito bem - falei para mim mesma.
Alan já havia chegado e estava me esperando na porta de casa, o tempo estava muito gostoso e fora a neve no chão, não estava nevando, e como eu estava acostumada com o clima da minha cidade, aquela roupinha não iria me fazer sentir frio. Ou pelo menos eu esperava que não fizesse!
Paula havia se arrumado na casa de Julio e os dois saíram ao mesmo tempo que nós. Até o momento em que nos encontramos, ele não sabia de nada - Marina, querida! Como você esta linda!!! - disse Paula cumprimentando-me.
-Obrigada! Você também esta muito elegante! Alan, esta é Paula, minha melhor amiga e chefe também! Paula, este é Alan, meu.... - olhei pra ele - grande amigo - ele sorriu e cumprimentou-a - Olá, muito prazer senhorita Paula.
Ela sorriu - O prazer é meu. Este é Julio, meu noivo. Estamos todos prontos, vamos? - disse ela.
-Como assim vamos? Eles também vão? - perguntou Julio, com certo rancor.
-Sim meu amor, eu convidei Marina e pedi que trouxesse um acompanhante. Não tem problema nenhum pra você, tem?

❅ 11º Capítulo


Tentei esquecer qualquer sensação de medo e sorri, dei um impulso na prancha e meu corpo voou por alguns instantes, caindo na água logo em seguida - Ual!!! Que sensação incrível! Eu nunca tinha feito isso, é tão bom!
-Eu sabia que ia gostar! Você é das minhas, adora uma aventura, por mais perigosa que seja!
-É... Mas nem tanto né - sorri.
-O que esta achando da água? A temperatura esta boa?
-Esta muito boa! Me sinto na banheira lá de casa, só que bem mais espaçosa! - ri - Tudo é tão lindo aqui, e tão simples... Acho que é isso que torna este lugar tão confortável, a simplicidade sempre deixa as coisas mais belas... - falei sincera.
Ele se aproximou, pegou minha mão e disse - Venha apreciar a paisagem!
Nadamos até as janelas - Uou dá um medo! Tem que ser um vidro muito forte pra suportar tamanha pressão da água... Mas é lindo! Pena a neve e o frio terem embaçado a janela... Na primavera a paisagem deve ser simplesmente indescritível!
-Eu posso te trazer aqui na primavera se você quiser ver como é - disse ele.
-Com certeza eu vou adorar!
Sorrimos, como ele podia ser tão agradável e tão educado? Juro, pensei que ele tentaria me apalpar, me cantar ou me beijar em algum momento, mas não... Ele manteve discrição o tempo todo. Isso era muito respeitável. Nadamos mais um pouco e então cansamos.
-O que vamos fazer agora? - perguntei enquanto saíamos da água.
-Eu não sei não - respondeu - Acho que é sua vez de inventar alguma coisa!
-Eu?! - eu não era boa em criar tarefas de lazer, diversão, felicidade, empolgação, eu estava reaprendendo agora o significado destas palavras que a muito haviam sido perdidas dentro de mim.... Fiquei pensativa...
-E então? - disse ele
- Eu tenho uma ideia.... Mas não sei se você vai gostar!

-Então diga!
Eu estava com vergonha, parecia ser algo tão infantil.... E se ele risse da minha cara e me chamasse de criança? - Vamos, diga! Esta com vergonha? - perguntou.
-É que... Por um momento me pareceu uma ideia legal mas agora sinto que é bobagem....
Ele me encarou, reprovando a minha vergonha.... Realmente, porque eu estava com tanta vergonha? Respirei fundo, e sussurrei - Brincar.... na..... neve - corei.
Ele me olhou espantado - Como é???
-Viu?! Eu sabia que iria achar tolice, e... - ele me interrompeu dizendo - Que ideia genial!!! Venha, vamos nos vestir, rápido! - não deixou tempo para eu responder, puxou-me pela mão e fomos para o vestuário. Depois de trocados, descemos de elevador até lá fora, Boris não foi, ele não suportava o frio. A noite estava tão linda! Céu estrelado e neve combinavam perfeitamente!
-Céu estrelado e neve combinam tanto... - disse ele olhando para a paisagem - o que você acha...
Assustei-me - Co-como você... Eu acabei de pensar a mesma coisa!!!
Ele sorriu - As vezes dois seres estão tão conectados que acabam tendo os mesmos pensamentos. Pensamentos são fios invisíveis que pairam sob nossas cabeças, assim que duas pessoas se encontram na mesma frequência de emoções e sentimentos, é como se pegassem no ar o mesmo fio, ao mesmo tempo...
-Caramba... que coisa mais linda você disse agora! Estou impressionada.... - suspirei. Ele era um homem definitivamente misterioso e muito.... muito romântico.
-Hehehe - coçou a cabeça sem graça - As vezes eu me empolgo com o momento e essas coisas saem naturalmente.... Deve ser um traço genético talvez... Mas isso eu nunca saberei....
-Por que, o que houve com seus pais?
-Eu fui criado num orfanato, nunca conheci meus pais.... Assim que fiz dezoito anos, me alistei para o exército porque todos me chamavam de fraco... Eu não queria ser fraco... Então fui em busca de uma realização, e acabei gostando... E agora estou aqui... Acabado... Jogado as traças como um fraque velho no armário que tem esperança de acontecer um baile de gala para poder ser usado.... Mas quando ele vê, os bailes já não são mais feitos, e ele é esquecido, deixado de lado para apodrecer...
Me peguei num dilema, ele estava começando a me revelar o seu passado, um pouco de si. Sua história parecia ser dolorosa e triste, assim como a minha depois da morte dos meus pais, mas não me via com coragem para continuar a perguntar sobre sua vida, sentia em suas palavras o peso com que elas saiam de sua boca, o esforço que ele fazia para recordar essas lembranças sem derramar uma lágrima... Era difícil pra mim ver alguém abalado assim, era melhor não perguntar mais nada, o tempo se encarregaria de revelar o resto, só que mais tarde.... Estava mergulhada nas minhas reflexões quando de relance o vejo com algo na mão e arramando-o em minha direção - Acooooorrdaaaaa!!!
"POF!"~~ Uma bolada de neve!!!! - Que golpe baixo eu estava distraída, por que fez isso???
-Eu pensei que seria divertido....
-Divertido? Eu por acaso tenho cara de quem gostou de levar uma bolada de neve e sentir até o rim congelar???? Acha isso engraçado???? - berrei séria.
-Eu... bem, eu.... - ele começou a se sentir um idiota, estava envergonhado, começando a se perguntar por que tinha feito aquilo.... De repente ~~ "POF!!!"
-Hahahahaha na sua cara!!!! - gritei rindo.
-Mas o que...? Você... Sua....!!!! Você me enganou direitinho com esse drama todo!!! Aaa mas você vai ver só!!! - abaixou e começou a juntar uma enorme bola de neve - Hahaha! Quero ver escapar dessa!!!
-Quero ver você conseguir me acertar!!! - ri fazendo algumas bolas. Começamos uma guerra!!!! Era bola de neve voando por toda parte, esquecemos por completo da cena triste a um minuto atrás e estávamos nos divertindo como duas crianças felizes!
Ele correu e me agarrou, e caímos na neve - Chega...! Eu não aguento mais, eu desisto! Você é a rainha da neve, eu aceito a derrota!
-Hahahaha!!! Mais já? Eu sabia que você não aguentaria o meu 'braço turbo 3000'! - sorri - Você sabe que agora vai ter que me servir para o resto da vida, não é, meu escravo da neve...
Ele riu - Oh sim, minha soberana. Aceitando a derrota eu selei meu destino de servidão eterna aos teus pés, majestade.
Olhei pra ele e ri gostosamente. Encostei-me um pouco mais perto do seu corpo, e ficamos abraçados olhando as estrelas.

Era tudo tão perfeito! O céu, a noite, o luar, a neve, tudo dava um toque tão romântico para o clima que se formava entre nós dois. Quem... quem era aquele ao meu lado, cujas palavras me tocavam fundo e faziam meu coração acelerar e minhas bochechas corarem. Perto dele eu sentia um calor intenso, tanto calor que acredito que se deitasse nua na neve, ela derreteria em segundos.... Alguma coisa dentro de mim me fazia desejá-lo em meus lábios, em meu corpo, algo que eu não conseguia explicar ou compreender... Mas, como tocar no assunto... E se ele não obtivesse os mesmos desejos por mim, isso talvez explicaria porque não tomou nenhum tipo de atitude mais ousada nesse tempo todo...
Ele apoiou a mão no rosto e cotovelo na neve e ficou me olhando - Você esta tão pensativa, o que será que se passa dentro desta cabecinha?
Fiquei nervosa, mas por um instante, eu não queria estar nervosa ou envergonhada perto dele, afinal aquelas sensações estranhas dentro de mim me faziam querer agir fora do meu padrão comum - Você disse que se duas pessoas estão ligadas elas captam o mesmo pensamento, seria capaz de captar os meus? - falei sem me conter.
Ele olhou profundamente dentro dos meus olhos e disse - Talvez eu possa estar errado, mas seus pensamentos não se resumem em palavras, mas nisso...
Tomou meus lábios nos dele e dominou-me num beijo arrebatador! Eu não hesitei, nem tentei resistir ou me esquivar como uma moça descente faria, deixei-me levar pelo fogo que ardia dentro de mim e correspondi seu beijo entrelaçando minhas mãos em seu corpo e deixando aquela vontade falar mais alto. Ficamos nos beijando ali por alguns segundos que para mim duraram anos, foi um beijo quente, doce e rude ao mesmo tempo, marcante como o batom vermelho carimbado numa camisa branca. Dali, nos vimos entre beijos no elevador, logo em seguida estávamos em seu quarto.
Não houve palavras, não houve pedidos ou permissões, sabíamos o que estávamos fazendo, conhecíamos os riscos e as consequências, e mesmo assim deixamos o desejo ardente guiar nossos corpos primitivos numa dança carnal de sensações e prazeres. Eu não tenho palavras para descrever o que se passou naquela cama. Não há como descrever as sensações dominantes que explodiam dentro de mim fazendo-me corar e implorar por mais. Seus toques eram suaves mas suas mãos me seguravam com força, como se quisesse ser delicado mas não permitindo que eu fugisse, seu corpo era forte e pesado, eu podia sentir o ar faltar quando se debruçava sobre mim penetrando-me com toda sua virilidade e êxtase.
Ele sentia todo o meu desejo exalado a cada suspirar em seus ouvidos, eu tocava o seu corpo, agarrava seus cabelos e apertava minhas unhas em suas costas, meu lado ousado havia se despertado com aquela explosão de sentimentos e eu estava fora de mim, Marina, a garota tímida da loja de chocolates não existia ali, naquele momento, eu era outra Marina, a Marina animal, sedutora e desejável, que gemia alto e contorcia-se de prazer, deliciando-se nas curvas daquele corpo másculo e bruto. Ao finalizar, caímos prostrados, abatidos como dois lutadores nocauteados pelo cansaço físico.
E de olhos fechados, relaxando a mente e o corpo que pedia clemência, me peguei pensando.... Em como será daqui pra frente...