Péssimas notícias!


É galerinha, tem jeito não....
Meu jogo resolveu fazer greve e não ta querendo abrir pra mim!!!
Eu já tenho as fotos do capítulo seguinte, mas os próximos irão demorar um pouco a sair! 
Até eu resolver o que há de errado desta vez rs.

Então, talvez amanhã eu poste o próximo capítulo, e peço desculpas por demorar tanto!!!

Beijos! Jeh♥

Mais notícias!

Ter amigos como vocês... é realmente uma benção!

Eu agradeço todo o apoio, de verdade! Quando li os comentários de vocês na postagem anterior, cheguei a chorar emocionada. Preferi responder aqui para todos, do que responder comentário por comentário, se é que me entendem hehehe. Vocês me são muito queridos e suas palavras me foram de grande valia. Me ajudaram muito, e hoje me sinto bem melhor, sabendo que tenho tantos pilares para me apoiar e me reerguer.

Trago algumas notícias, que espero que gostem ^^)

A primeiro é que vou terminar Memórias de Inverno com toda certeza, e talvez o próximo capítulo ainda saia hoje.

A segunda é que de fato eu estive em busca de algo a mais, estou precisando de dinheiro, buscando emprego e tentando mudar de vida, e uma das alternativas que encontrei foi uma maneira de ganhar dinheiro com minhas histórias.
É mais ou menos assim que funciona, irei ter que criar outro site, (mas não deletarei este) e neste novo site, minhas histórias não seriam lidas publicamente, teriam acesso somente por contas criadas no site, seria como se vocês comprassem um livro (ou cada capítulo dependendo de como vou poder publicar) para baixar, igual quando alguém compra uma expansão do the sims pela Origin ^^)
Porém, acredito que não irei poder postar mais fotos do the sims nas próximas histórias, porque como irei "vender" as minhas histórias e tudo seria de minha autoria, entraria em conflito com os direitos autorais do jogo. Portanto, se tudo der certo e eu realmente conseguir criar este novo site, acredito que meus leitores diminuirão pelo fato de terem que gastar dinheiro para ler o que escrevo. Porém é uma grande forma de me ajudarem a progredir, e proporcionar histórias incríveis que vocês tanto gostam! E acredito que vocês até podem receber a história imprimida e encapada em suas casas. (mas preciso me inteirar das possibilidades e recursos do site) então não é certeza de nada ainda! ^^)

Então quando eu disse que Memórias de Inverno seria minha última história, eu me referi a ser a última em the sims, mas não vou parar de escrever, jamais!

Então é isso pessoal. Espero que compreendam, e agradeço a todos que sempre me acompanharam e ainda acompanham e pensam em acompanhar futuramente. Os que não poderão pagar para ler, eu agradeço ainda assim a força e o apoio, de coração mesmo!

Mas caso não dê certo essa história de escrever no outro site, verei se continuo aqui ou se encontro uma outra forma.

Um imenso abraço gratificante a todos vocês! Obrigada!!! Jeh♥

Comunicado Importante:


Olá meus queridos leitores.
Vim para dar algumas breves palavras, tristes porém necessárias...
Devido a uns acontecimentos em minha vida no decorrer destes dias, acabei por me abalar muito....
Preciso de um tempo para encaixar as ideias no lugar e recapturar meu espírito de escritora, que foi comido pelo desânimo que me atingiu.

Peço desculpas a todos, mas acredito que como dona do blog, devo satisfações à vocês que estão sempre me acompanhando e me dando força.

Não sei quanto tempo vou tirar de "férias" do blog, pode ser dias, meses, não sei.
Só peço que me desculpem, e que me perdoem por deixar a história incompleta por enquanto. Mas prometo voltar para finalizá-la.

Outro ponto crucial, é que Memórias de Inverno talvez seja minha última história...
Tenho passado por constantes situações de prova em minha vida, e preciso rever certos pontos que antes pensava serem úteis e agora já eu nada sei.

Agradeço carinho e o apoio de todos os meus queridos amigos e companheiros internautas, e desejo-lhes sorte e sucesso em suas histórias e suas leituras.

Obrigada pela atenção meus amigos. Jeh♥

❅ 12º Capítulo

Acordei de manhã, me sentia totalmente diferente, sentia-me mais disposta, mais viva! Meu cabelo estava bagunçado mas eu nem me importei... Olhei no relógio de parede, eram nove da manhã. Pensei comigo "ainda bem que hoje é sábado ou eu estaria atrasada para o trabalho..."
Percebi que Alan não estava na cama, então vesti minha blusa e calça, e fui atrás dele.
Cheguei na porta, ele estava fazendo alguma coisa no fogão, o cheiro era bom e eu fiquei admirando-o encostada no batente, até Boris me denunciar, latindo para mim e vindo em minha direção pedir cafuné - Bom dia moça bonita! - disse ele virando-se para mim - eu não quis acordá-la, você estava dormindo tão gostosamente. Venha, sente-se, já esta quase pronto!
-Esta tudo bem, hoje é fim de semana, eu não tinha nenhum compromisso agora de manhã - sorri - Huumm! Mas que cheirinho bom é esse? O que você esta fazendo?
-Haha! É a especialidade da casa! Você já vai ver!
-Então além de um bom soldado você é bom cozinheiro? Estou boba! - ri - Também estou faminta! Acho que gastei toda a minha energia ontem, preciso comer! - Ele olhou para mim, e eu percebi então o que havia dito, corei.... Só então havia me recordado do que tinha feito, como se a ficha só caísse agora.
Ele então terminou de preparar a comida e me serviu - Tcharam! A especialidade da casa é..... Rabanada! Espero que vossa majestade aprecie! - sorriu.
-Sério? Nossa! Minha mãe fazia rabanada pra mim quando eu era criança.... A tanto não como um prato destes.... - senti uma saudade da minha mãe... Ele percebendo minha carinha disse tentando ser engraçado - Não moça! O prato não é de comer, só o que esta dentro dele!
-Hahaha engraçadinho! - ele sabia me fazer sorrir. E isso me deixava feliz. Saber que tinha agora um amigo que me alegrasse sempre que precisasse.
Ele sentou-se e eu disse me preparando - Vamos ver se eu aprovo...
Alan ficou me olhando, eu mandei um pedaço grande na boca, mastiguei, degustei, e fiz uma careta.
-Não gostou???
-Não.... - falei. Ele fez um ar surpreso e um tanto decepcionado, então eu conclui - Eu amei!!!! - então ri da cara dele - Já da pra casar.
-Aaaaah sua sem graça! Quase me mata do coração! Pensei até que tinha errado na mão! - riu dele mesmo - Você acha mesmo que já da pra casar? Bom saber disso... - riu.
Corei novamente e mudei de assunto - Olha, tenho um convite pra você, minha chefe me convidou para conhecer um clube que abriu a pouco na cidade, e ela quer que eu vá e que leve você como minha companhia.
-Ual! Estou ficando importante! - sorriu - Sua chefe me querendo como seu acompanhante, que honra! Claro que eu aceito! Quando?
-Hoje - fiz uma cara contrariada e ele notou - O que foi? Você não parece afim de ir....
-E não estou mesmo... Sabe, tem um cara... - ele me interrompeu - Um cara? Seu namorado? Marido? amante? Vocês se gostam? Eu tenho um rival?
-Não! Credo! - exclamei.
-Ufa! Pode continuar agora, estou mais aliviado - brincou.
Eu balancei a cabeça sorrindo e continuei - Esse cara é meu vizinho, e noivo da minha chefe. O problema é que ele é um chato, insuportável, irritante e estúpido! Eu detesto ter que ficar na presença dele, mas tenho que ir por ela, é uma grande amiga e eu preso muito nossa amizade. Você me compreende?
-Claro. Acho que todo mundo já teve alguém assim na vida. O jeito é não dar bola, fingir que a pessoa não existe, simplesmente ignorá-lo. Você acha que consegue fazer isso e deixar a noite agradável?
Pensei um pouco - Acho que sim. Pela Paula, e por você também. Somos adultos, devemos nos comportar civilizadamente. Certo?
Ele sorriu - Correto, moça. Agora vamos terminar essa rabanada, ela já esta esfriando - Assim que terminamos, eu insisti em ajudar a lavar a louça, e ele vendo que não tinha chance de me contrariar, foi guardar o que sobrou da rabanada na geladeira.
-Sabia que você é linda? - disse ele, aproximando-se.
-Na verdade eu sempre tive essa dúvida, mas agradeço por esclarecê-la para mim - brinquei.
Ele sorriu - Mas agora é sério. Eu nunca tive uma noite tão incrível quanto ontem. Agradeço pela sua companhia, agradeço pelas suas carícias e sua bondade em me aturar, você Marina, é uma mulher incrível. - acariciou-me o rosto até os ombros.
Senti minhas bochechas queimarem, olhei envergonhada para o lado sem saber o que dizer e ele continuou - Não precisa ter vergonha perto de mim, mas confesso que amo quando você fica assim toda coradinha! - sorriu.
-Seu bobo.... - sem deixá-lo dizer mais nada, beijei seus lábios com vontade e ele correspondeu me envolvendo num delicioso e confortante abraço.
Depois, passamos a tarde agradável juntos, conversando sobre tudo que se podia imaginar, desejos, sonhos, momentos, lembranças, fases da vida.... Tudo. Alan era uma companhia mais que agradável, era um parceiro pra vida toda. Mas as vezes pensava que poderia estar indo rápido demais... Não sei, acho que era falta de confiança em mim, antes de qualquer coisa. Combinamos de nos encontrarmos em casa as sete da noite, e então fui embora para tomar um bom banho e me arrumar adequadamente.
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-E então, ela estava lá? - perguntou Julio para Paula, depois que ela voltou e retirou sua roupa, sentando-se na cama junto com ele. Ela tinha ido em casa me chamar mas eu não estava.
-Não.... Que estranho.... Mas acho que isso é um ótimo sinal! - disse ela, pensando que talvez eu tivesse tido uma noite e tanto com Alan, que de fato tive... hehe.
-Como assim? - perguntou curioso.
-Não, nada importante. Mas vamos falar de nós - disse ela encolhendo-se em seus braços - Temos que resolver as coisas do nosso casamento, amor. São tantas coisas! Não podemos ficar adiando!
-Mas qual é o problema em adiar um pouco? Esta com tanta pressa assim de se casar?
-E você parece que não tem pressa alguma... As vezes penso que nem quer mais se casar comigo - disse ela em tom tristonho.
-Pare de dizer bobagens, eu amo você e você sabe disso! Eu só estou pedindo tempo para me reorganizar, com tudo o que aconteceu na minha vida, essa reviravolta, estou me sentindo frustrado.... Não quero que pense que tem a ver com você, é comigo.
-Mas o que pode estar te deixando assim? Que eu saiba você nunca gostou do seu pai! A morte dele não deve ter te afetado tanto assim.... Sua tia te ajuda e muito com as despesas, não é nenhum problema. Então o que é?
Ele a olhou sério - Paula! Esse é o problema! As vezes eu me sinto um inútil, covarde vagabundo e preguiçoso! As vezes penso que você não seria feliz comigo assim. Eu estou tentando mudar mas essas coisas levam tempo! Eu quero ter o meu próprio dinheiro, quero bancar as minhas próprias contas!
-Eu não entendo você! - disse ela - Te dei um emprego! Você já tem como pagas suas próprias contas! Mas parece que você não leva nada a sério porque faltou ontem e não quis nem se justificar! Antes de tudo, sou sua noiva e lá eu sou sua chefe, e você me deve satisfações sobre seus atrasos e faltas! Se pensa que vou passar a mão na sua cabeça e lhe pagar sem estar fazendo por onde merecer, esta enganado, entendeu?
-Aaah! Não dá pra conversar com você! As vezes você é tão insuportável quanto Marina! As duas se combinam! Fala sério! - se irritou e saiu do quarto se trancando no banheiro... Paula não entendia o porque de ele estar agindo assim, os dois estavam juntos ia fazer quase quatro anos, e ele nunca foi assim, mas agora estava diferente, mudado, mais confuso e perdido, não dava para entender mesmo!
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A hora da festa havia chegado, e eu estava pronta! Nunca tinha me vestido para tal evento, mas por sorte, haviam algumas roupas que ganhei de Dona Eulália quando sua sobrinha mudou-se para o Japão e as roupas ficaram inutilizadas - ainda bem que serviram! Acho que fiquei muito bem - falei para mim mesma.
Alan já havia chegado e estava me esperando na porta de casa, o tempo estava muito gostoso e fora a neve no chão, não estava nevando, e como eu estava acostumada com o clima da minha cidade, aquela roupinha não iria me fazer sentir frio. Ou pelo menos eu esperava que não fizesse!
Paula havia se arrumado na casa de Julio e os dois saíram ao mesmo tempo que nós. Até o momento em que nos encontramos, ele não sabia de nada - Marina, querida! Como você esta linda!!! - disse Paula cumprimentando-me.
-Obrigada! Você também esta muito elegante! Alan, esta é Paula, minha melhor amiga e chefe também! Paula, este é Alan, meu.... - olhei pra ele - grande amigo - ele sorriu e cumprimentou-a - Olá, muito prazer senhorita Paula.
Ela sorriu - O prazer é meu. Este é Julio, meu noivo. Estamos todos prontos, vamos? - disse ela.
-Como assim vamos? Eles também vão? - perguntou Julio, com certo rancor.
-Sim meu amor, eu convidei Marina e pedi que trouxesse um acompanhante. Não tem problema nenhum pra você, tem?

❅ 11º Capítulo


Tentei esquecer qualquer sensação de medo e sorri, dei um impulso na prancha e meu corpo voou por alguns instantes, caindo na água logo em seguida - Ual!!! Que sensação incrível! Eu nunca tinha feito isso, é tão bom!
-Eu sabia que ia gostar! Você é das minhas, adora uma aventura, por mais perigosa que seja!
-É... Mas nem tanto né - sorri.
-O que esta achando da água? A temperatura esta boa?
-Esta muito boa! Me sinto na banheira lá de casa, só que bem mais espaçosa! - ri - Tudo é tão lindo aqui, e tão simples... Acho que é isso que torna este lugar tão confortável, a simplicidade sempre deixa as coisas mais belas... - falei sincera.
Ele se aproximou, pegou minha mão e disse - Venha apreciar a paisagem!
Nadamos até as janelas - Uou dá um medo! Tem que ser um vidro muito forte pra suportar tamanha pressão da água... Mas é lindo! Pena a neve e o frio terem embaçado a janela... Na primavera a paisagem deve ser simplesmente indescritível!
-Eu posso te trazer aqui na primavera se você quiser ver como é - disse ele.
-Com certeza eu vou adorar!
Sorrimos, como ele podia ser tão agradável e tão educado? Juro, pensei que ele tentaria me apalpar, me cantar ou me beijar em algum momento, mas não... Ele manteve discrição o tempo todo. Isso era muito respeitável. Nadamos mais um pouco e então cansamos.
-O que vamos fazer agora? - perguntei enquanto saíamos da água.
-Eu não sei não - respondeu - Acho que é sua vez de inventar alguma coisa!
-Eu?! - eu não era boa em criar tarefas de lazer, diversão, felicidade, empolgação, eu estava reaprendendo agora o significado destas palavras que a muito haviam sido perdidas dentro de mim.... Fiquei pensativa...
-E então? - disse ele
- Eu tenho uma ideia.... Mas não sei se você vai gostar!

-Então diga!
Eu estava com vergonha, parecia ser algo tão infantil.... E se ele risse da minha cara e me chamasse de criança? - Vamos, diga! Esta com vergonha? - perguntou.
-É que... Por um momento me pareceu uma ideia legal mas agora sinto que é bobagem....
Ele me encarou, reprovando a minha vergonha.... Realmente, porque eu estava com tanta vergonha? Respirei fundo, e sussurrei - Brincar.... na..... neve - corei.
Ele me olhou espantado - Como é???
-Viu?! Eu sabia que iria achar tolice, e... - ele me interrompeu dizendo - Que ideia genial!!! Venha, vamos nos vestir, rápido! - não deixou tempo para eu responder, puxou-me pela mão e fomos para o vestuário. Depois de trocados, descemos de elevador até lá fora, Boris não foi, ele não suportava o frio. A noite estava tão linda! Céu estrelado e neve combinavam perfeitamente!
-Céu estrelado e neve combinam tanto... - disse ele olhando para a paisagem - o que você acha...
Assustei-me - Co-como você... Eu acabei de pensar a mesma coisa!!!
Ele sorriu - As vezes dois seres estão tão conectados que acabam tendo os mesmos pensamentos. Pensamentos são fios invisíveis que pairam sob nossas cabeças, assim que duas pessoas se encontram na mesma frequência de emoções e sentimentos, é como se pegassem no ar o mesmo fio, ao mesmo tempo...
-Caramba... que coisa mais linda você disse agora! Estou impressionada.... - suspirei. Ele era um homem definitivamente misterioso e muito.... muito romântico.
-Hehehe - coçou a cabeça sem graça - As vezes eu me empolgo com o momento e essas coisas saem naturalmente.... Deve ser um traço genético talvez... Mas isso eu nunca saberei....
-Por que, o que houve com seus pais?
-Eu fui criado num orfanato, nunca conheci meus pais.... Assim que fiz dezoito anos, me alistei para o exército porque todos me chamavam de fraco... Eu não queria ser fraco... Então fui em busca de uma realização, e acabei gostando... E agora estou aqui... Acabado... Jogado as traças como um fraque velho no armário que tem esperança de acontecer um baile de gala para poder ser usado.... Mas quando ele vê, os bailes já não são mais feitos, e ele é esquecido, deixado de lado para apodrecer...
Me peguei num dilema, ele estava começando a me revelar o seu passado, um pouco de si. Sua história parecia ser dolorosa e triste, assim como a minha depois da morte dos meus pais, mas não me via com coragem para continuar a perguntar sobre sua vida, sentia em suas palavras o peso com que elas saiam de sua boca, o esforço que ele fazia para recordar essas lembranças sem derramar uma lágrima... Era difícil pra mim ver alguém abalado assim, era melhor não perguntar mais nada, o tempo se encarregaria de revelar o resto, só que mais tarde.... Estava mergulhada nas minhas reflexões quando de relance o vejo com algo na mão e arramando-o em minha direção - Acooooorrdaaaaa!!!
"POF!"~~ Uma bolada de neve!!!! - Que golpe baixo eu estava distraída, por que fez isso???
-Eu pensei que seria divertido....
-Divertido? Eu por acaso tenho cara de quem gostou de levar uma bolada de neve e sentir até o rim congelar???? Acha isso engraçado???? - berrei séria.
-Eu... bem, eu.... - ele começou a se sentir um idiota, estava envergonhado, começando a se perguntar por que tinha feito aquilo.... De repente ~~ "POF!!!"
-Hahahahaha na sua cara!!!! - gritei rindo.
-Mas o que...? Você... Sua....!!!! Você me enganou direitinho com esse drama todo!!! Aaa mas você vai ver só!!! - abaixou e começou a juntar uma enorme bola de neve - Hahaha! Quero ver escapar dessa!!!
-Quero ver você conseguir me acertar!!! - ri fazendo algumas bolas. Começamos uma guerra!!!! Era bola de neve voando por toda parte, esquecemos por completo da cena triste a um minuto atrás e estávamos nos divertindo como duas crianças felizes!
Ele correu e me agarrou, e caímos na neve - Chega...! Eu não aguento mais, eu desisto! Você é a rainha da neve, eu aceito a derrota!
-Hahahaha!!! Mais já? Eu sabia que você não aguentaria o meu 'braço turbo 3000'! - sorri - Você sabe que agora vai ter que me servir para o resto da vida, não é, meu escravo da neve...
Ele riu - Oh sim, minha soberana. Aceitando a derrota eu selei meu destino de servidão eterna aos teus pés, majestade.
Olhei pra ele e ri gostosamente. Encostei-me um pouco mais perto do seu corpo, e ficamos abraçados olhando as estrelas.

Era tudo tão perfeito! O céu, a noite, o luar, a neve, tudo dava um toque tão romântico para o clima que se formava entre nós dois. Quem... quem era aquele ao meu lado, cujas palavras me tocavam fundo e faziam meu coração acelerar e minhas bochechas corarem. Perto dele eu sentia um calor intenso, tanto calor que acredito que se deitasse nua na neve, ela derreteria em segundos.... Alguma coisa dentro de mim me fazia desejá-lo em meus lábios, em meu corpo, algo que eu não conseguia explicar ou compreender... Mas, como tocar no assunto... E se ele não obtivesse os mesmos desejos por mim, isso talvez explicaria porque não tomou nenhum tipo de atitude mais ousada nesse tempo todo...
Ele apoiou a mão no rosto e cotovelo na neve e ficou me olhando - Você esta tão pensativa, o que será que se passa dentro desta cabecinha?
Fiquei nervosa, mas por um instante, eu não queria estar nervosa ou envergonhada perto dele, afinal aquelas sensações estranhas dentro de mim me faziam querer agir fora do meu padrão comum - Você disse que se duas pessoas estão ligadas elas captam o mesmo pensamento, seria capaz de captar os meus? - falei sem me conter.
Ele olhou profundamente dentro dos meus olhos e disse - Talvez eu possa estar errado, mas seus pensamentos não se resumem em palavras, mas nisso...
Tomou meus lábios nos dele e dominou-me num beijo arrebatador! Eu não hesitei, nem tentei resistir ou me esquivar como uma moça descente faria, deixei-me levar pelo fogo que ardia dentro de mim e correspondi seu beijo entrelaçando minhas mãos em seu corpo e deixando aquela vontade falar mais alto. Ficamos nos beijando ali por alguns segundos que para mim duraram anos, foi um beijo quente, doce e rude ao mesmo tempo, marcante como o batom vermelho carimbado numa camisa branca. Dali, nos vimos entre beijos no elevador, logo em seguida estávamos em seu quarto.
Não houve palavras, não houve pedidos ou permissões, sabíamos o que estávamos fazendo, conhecíamos os riscos e as consequências, e mesmo assim deixamos o desejo ardente guiar nossos corpos primitivos numa dança carnal de sensações e prazeres. Eu não tenho palavras para descrever o que se passou naquela cama. Não há como descrever as sensações dominantes que explodiam dentro de mim fazendo-me corar e implorar por mais. Seus toques eram suaves mas suas mãos me seguravam com força, como se quisesse ser delicado mas não permitindo que eu fugisse, seu corpo era forte e pesado, eu podia sentir o ar faltar quando se debruçava sobre mim penetrando-me com toda sua virilidade e êxtase.
Ele sentia todo o meu desejo exalado a cada suspirar em seus ouvidos, eu tocava o seu corpo, agarrava seus cabelos e apertava minhas unhas em suas costas, meu lado ousado havia se despertado com aquela explosão de sentimentos e eu estava fora de mim, Marina, a garota tímida da loja de chocolates não existia ali, naquele momento, eu era outra Marina, a Marina animal, sedutora e desejável, que gemia alto e contorcia-se de prazer, deliciando-se nas curvas daquele corpo másculo e bruto. Ao finalizar, caímos prostrados, abatidos como dois lutadores nocauteados pelo cansaço físico.
E de olhos fechados, relaxando a mente e o corpo que pedia clemência, me peguei pensando.... Em como será daqui pra frente...

❅ 10º Capítulo

Alan estava tão bonito, tão elegante, com aquela beleza única que todos os soldados tem, de aparência firme e postura de causar respeito. Ao me aproximar, nos cumprimentamos com beijinhos no rosto, depois ele disse - Venha, eu preparei algo que espero que você goste!
Caminhamos até seu carro e seguimos viagem. 
Devo confessar que no fundo estava com um pouco de medo, nos conhecíamos tão pouco e eu já havia aceitado entrar no carro dele e permitido que me levasse em algum lugar desconhecido. Muitos diriam que isso é coisa de gente desprovida de inteligência, que não se entra no carro de um 'quase estranho' e o deixa fazer uma surpresa.... E se a surpresa fosse me levar para um lugar escuro e sombrio, abusar de mim e depois me matar? Eu nem sabia porque ele havia sido dispensado do exercito.... E se fosse por mau comportamento? E se tiver ficha suja? Aqueles pensamentos começaram a povoar minha mente e senti um frio na barriga... De repente ele estacionou o carro - Chegamos!
Desci e olhei ao redor... Não tinha outras casas, só uma construção de madeira antiga e um riacho corria a frente, e muitas, muitas árvores.... Acho que ele percebeu meu medo, sorriu e caminhou até mim - Esta tudo bem? - perguntou - Não precisa ter medo, eu sei que parece um lugar muito estranho, mas aqui mora alguém que quero que conheça.
Alguém? Quem seria? Um parceiro, um cúmplice que o ajudava nas tramas e nos raptos de mulheres inocentes? A casa não tinha porta da frente, apenas um grande elevador de ferro, o que me deixava ainda com mais medo... Se eu fosse forçada a fazer uma fuga rápida, pra onde correria? Saltaria pela janela? Lá de cima? Impossível..... Ele me despertou dos pensamentos nebulosos e entramos no elevador. Subimos até o segundo andar, e logo que saímos ele disse - Bem vinda!
Olhei, parecia uma casa bem simples... Móveis de madeira, poucos utensílios modernos, um sofá velho, quem quer que morasse ali, era muito pobre... - Que lugar é este? Quem mora aqui?
-Bom.... Eu moro aqui! - disse ele com um sorriso.
-Você??? - surpreendi-me totalmente.
-Sim... É, eu sei, parece muito esquisito, uma casa tão simples para um soldado que ganha muito bem. A verdade é que meu dinheiro esta todo aplicado no banco, como eu vivia no campo de treinamento, dormia lá e tudo, vinha pra cá só nos finais de semana... Então nem preciso de uma casa chique.
-Entendo. Mas então.... Foi uma piada dizer que queria que eu conhecesse alguém que mora aqui? - perguntei curiosa.
-Não senhorita! Tem alguém que quero que conheça! Eu falei muito de você e ele demonstrou um grande interesse... Acho até que esta apaixonado pela sonoridade do seu nome.
-Esta brincando? - Aquela conversa estava muito esquisita, isso sim!
Ele riu, levou a mão à boca e soltou um assovio. De repente ouvi passos, que se transformaram em muitos passos confusos, e logo uma coisa enorme e peluda surgiu da entrada da cozinha e veio correndo em direção a nós.
-Meu Deus mas o que é isso???? - perguntei ao ver aquele bicho gigante perto de mim.
-Marina, este é o Boris! Boris, esta é a Marina, aquela que eu sempre falo pra você... - disse ele fazendo as apresentações.
Fiquei bem surpresa, eu nunca havia visto um cão tão grande tão de perto! Ele era de se dar medo, tinha um olhar profundo, pelos em tons escuros e patas grandes, será que era manso?
-Vamos, ele não vai comer você! - brincou.
Caminhamos até perto da mesa da cozinha, e aquele bichão indo atrás de mim, de repente ele parou e soltou um latido muito grosso e muito alto. Dei um pulo, Alan riu. - Não acho graça! - falei, mas acabei rindo também... - Ele quer identificar você. Tem que esticar sua mão, ele vai cheirar, se gostar de você vai fazer manha, se não gostar, é melhor você gostar de altura porque a janela vai ser a única alternativa - brincou.
-O que???? - ele estava conseguindo me deixar ainda mais assustada. Já que não tinha jeito, tomei coragem, respirei fundo, e deixei que ele me cheirasse. Estiquei a mão bem devagar e aquele focinho gigante foi se aproximando. Senti quando ele tocou a costa da minha mão, estava geladinho e molhado, ele cheirou, cheirou, cheirou... Parou e me encarou...
-É agora... - disse ele colocando mais suspense no ar. 
Quando eu menos esperava, Boris se jogou no chão e começou a fazer um som parecido com choro, esfregava a costa no chão e olhava pra mim balançando as patas. Logo percebi! Aquele cão era um grande manhoso! Fiquei tão apaixonada que me curvei e comecei a afagar sua barriga, e quanto mais eu afagava, mais manha ele fazia - Vocês dois me pregaram uma peça, eu quase morri de medo!!!! - falei rindo enquanto acariciava ele.
-Hahahaha! Se fosse tão simples não iria ter tido tanta graça! Boris é um bundão, o que ele tem de grande, tem de medroso. É um cão muito leal e meigo, nunca machucou ninguém, nem os passarinhos que entram na primavera para comer sua ração... Ele divide até a ração! Com pássaros! - riu.
-Meu Deus, mas ele é fofo demais!!! - o medo todo foi-se embora e aquele bicho enorme já não era mais tão assustador. Seus olhos profundos se transformaram em um súplico de carinho e seu pelo escuro era um charme, já sua patas enormes eram tão macias que nem a patada mais forte machucaria alguém - Você é uma graça, seu fofuchinho!!!!
Depois que os carinhos e a melação acabou, Alan disse - Agora vem a melhor parte! A minha surpresa! Venha comigo.
"É agora que ele se revela um assassino em série e me mata?" - pensei comigo, começando a achar aqueles pensamentos muito inconvenientes... Seguimos até uma escada, e descemos.
Ao chegar lá embaixo, ele falou - Bem vinda ao meu refúgio secreto! O maior motivo de eu não ter vendido esta casa ainda.
-Nossa! É lindo aqui!!! - de fato era mesmo. Parecia um porão com uma piscina quente e janelas enormes que davam para uma vista incrível!
-Eu amo este lugar, é aqui que fico a maior parte do tempo quando não estou com Boris. Minha piscina é minha paixão! E agora eu te pergunto, vamos nadar, não é?
Olhei-o surpresa - Nadar, nesse frio? Esta louco? E eu nem trouxe traje de banho, não trouxe nada, é melhor não.
Ele pegou minhas mãos - Mas a água é quente, não sentiu ainda o calor daqui?
Realmente eu tinha percebido algo estranho, estava muito quente e eu estava começando a soar com aquele casaco enorme.
-Vamos lá! Essa é a parte que você aceita e me deixa muito feliz! Não faça essa desfeita com minha paixão, por favor!!! Você não vai mais querer sair depois que entrar! A água é maravilhosa!
Pensei um pouco... Que mal faria um mergulho? - Tudo bem, mas com que roupa eu vou nadar?
Eu já pensei nisso! - sorriu - Comprei um traje que esta ali no vestuário, não a conheço muito bem, mas pelo pouco que te analisei, espero que goste e que sirva!
Sorri encabulada e fui até lá.... Entrei, fechei a cortininha e abri a gaveta de um criado mudo. Tirei uma peça que parecia ser um maiô, retirei minhas roupas, e o vesti. Era lindo! Perfeito! Da minha cor preferida! Mas como ele sabia? Como?
Saí com passos elegantes e um andar sensual, ele me olhou e parecia me apreciar em câmera lenta - Como você sabia? Eu amei!!! Amei mesmo! é lindo, é perfeito, serviu certinho! Não acredito, como sabia meu tamanho e minha cor favorita? Estava me espionando?
-Hahahaha, claro! O tempo que passamos juntos eu pude perceber que gostava de tons de marrom e creme, pois suas roupas são quase todas dessas cores. Já seu tamanho eu não sabia, não dava para identificar com toda aquela roupa de frio, por isso comprei um tamanho único que estica bem! Pensei "vai que ela é meio fofinha né, tem que servir!" - riu.
-Hahaha seu engraçadinho! E se eu fosse 'fofinha' teria algum problema?
-Não, pelo contrário eu iria gostar de você da mesma forma. - sorriu.
Corei, e ele acariciou meu rosto. Me olhou de um jeito sedutor e quando pensei que iria me beijar, ele disse - Esta pronta para puar da prancha, maruja?
-Mas o que...?
-Sim! Pensa que vai entrar mansa pela escada? Não senhora, é pela prancha! Eu te raptei, você é minha refém, e meus reféns são jogados ao mar pela prancha!
-Aaaah não, nem pensar! Eu morro de medo!!!
-Mas você vai perder a parte mais divertida!!! Vamos, vamos, vamos, diz que siiimm!!! - insistiu fazendo carinha de cão sem dono.
Não resisti, ele pareci tão teimoso quanto Paula... - Tudo bem! Mas então você pula primeiro, 'capitão'!
-Tá! Ok! Então fique vendo o mestre do trampolim! - riu.
Alan andou pela prancha, e começou a dar pulinhos, de repente deu um salto enorme, girou no ar e caiu na água! E sem acertar o teto!
Aplaudi animada - Ual!!!! Incrível Senhor Mestre do Trampolim!!! Agora veja o desastre em pessoa.... - ri, subi na prancha, ela balançava muito e eu hesitei, fechei os olhos, respirei fundo....
-Vamos, você consegue!!! Estou aqui para te segurar se for preciso!
Pensei comigo "Não tenha medo, o máximo que pode acontecer é eu escorregar, bater a cabeça da ponta da prancha e morrer...." - as vezes eu odiava meus pensamentos.... Mas tudo bem! Balancei a cabeça como tentando esquecer tudo e gritei - Aqui vou eu!!!!